Okinawa sob pressão <br> por base yankee

O governo japonês está a exercer uma forte pressão para que o governo provincial de Okinawa permita a construção de uma nova infra-estrutura militar norte-americana na província mais a Sul do país, e argumenta que a não concretização do projecto coloca em causa a aliança com os EUA.

O responsável local, no entanto, defende que edificação da instalação militar, acordada em 1996 entre Tóquio e Washington, tem de ser sufragada pela opinião pública. Takeshi Onaga realça, nesse sentido, que a população já por diversas vezes contestou o facto de ser obrigada a carregar o fardo de acolher mais de metade dos 47 mil soldados norte-americanos colocados em solo nipónico.

No dia 31 de Março, o conselho japonês contra as armas atómicas (Gensuikyo) endereçou ao primeiro-ministro Shinzo Abe e ao ministro da Defesa uma nota de protesto na qual sublinha que, «contrariando as ordens do governador Onaga Takeshi para a interrupção dos trabalhos», o ministro da Agricultura e Pescas emitiu uma ordem ilegal e contrária à defesa dos interesses populares.

No texto, a Gensuikyo lembra ainda que a base militar norte-americana é uma herança do período em que os EUA ocuparam Okinawa, e que o povo da região se tem mantido «firme contra a construção da nova infra-estrutura junto à cidade de Nago», bem como na exigência do «desmantelamento incondicional» da actual unidade, situada em Futenma.




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